As nossas mães
A partir do momento em que fomos concebidos e conhecidos pelos nossos pais, tornamo~nos a preocupação, a alegria ou o seu oposto, uma presença na vida das nossas mães, impossível de ignorar. Um vínculo forma~se e mudamos as nossas mães para sempre.
É só muito tarde nas nossas vidas que passamos a apreciar a implacabilidade dos esforços e sacrifícios das nossas mães para cuidar de nós. Algumas pessoas nunca o fazem. Esta apreciação, vejo, não pode realmente brotar mais cedo na vida devido ao nosso egocentrismo enquanto crescemos, pois crescer requer toda a nossa energia. A sensação que tenho hoje é que negligenciei a minha mãe em tantas ocasiões enquanto pequenina. Não estava atenta e falhei em ajudá~la, não perguntei se ela estava bem, não tive compaixão. Acredito que não somos ensinados a estar atentos. A olhar ao nosso redor e considerar o outro. Agora temos um dever. Ensinar os nossos filhos a pensar na outra pessoa. Para ver os outros como seres sencientes. Para incluí~los nas suas orações.
A minha mãe diz~me que sou gentil. Que o meu coração é bom demais. Que eu me importo. Tenho 45 anos!
É verdade e lembro~me que também considerei a minha mãe e o meu pai enquanto eu crescia. Que eu sabia que eles trabalhavam tanto e tinham pouco descanso. Que as responsabilidades eram muitas e o dinheiro pouco abundante. No entanto, tínhamos tudo o que era importante e mais.
Mas foi só depois que eu engravidei que me bateu forte. Os tempos eram tão diferentes quando eu nasci, mais difíceis, sem aparelhos para auxiliar as mães nas suas tarefas. Roupa lavada no tanque à mão, faça chuva ou faça sol. Há tantos aspectos da maternidade que passam despercebidos. Ainda hoje. Foi depois que a Akirah nasceu que o pensamento da minha mãe como mãe me assombrou, e o meu respeito por ela cresceu infinitamente.
Sou grata por tudo o a que minha mãe suportou para criar a mim e às minhas duas irmãs. Em bons e maus momentos. Sou grata pela consciência que tenho hoje, que me permite agradecer, amá~la e cuidar dela. Que eu possa apreciá~la e elogiá~la.
Um convite à reflexão sobre todas as mães.
Com Amor.
~~Ana~~
Our mothers
From the moment we were conceived and known to our parents, we became the concern, the joy or its opposite, a presence in our mothers’ lives, impossible to ignore. A bond was formed and we changed our mothers forever.
It is not until very late in our lives that we come to appreciate the relentlessness of our mothers’ efforts and sacrifices in order to care for us. Some people never do. This appreciation I see, cannot truly sprout earlier in life due to our self centredness growing up, as growing up requires all of our energy. The feeling I get today is that I neglected my mother in so many occasions as a little girl. I was not aware and failed to help her, to ask her if she was well, to have compassion. I trust we are not taught to be mindful. To look around us and consider the other. Fair enough. We now have a duty. To teach our children to think about the other person. To see others as sentient beings. To include them in their prayers.
My mother tells me I am kind. That my heart is too good. That I care. I am 44.
It is true and I can recall that I have considered my mother and father growing up. That I knew they worked so hard and had little rest. That the responsibilities were many and money not to abundant. Yet, we had all that was important and more.
It was only after I got pregnant and there after that It hit me strong. Times were so different back when I was born, harder, no appliances to assist mothers in their chores. Clothes washed in the tank by hand, rain or shine. There are so many aspects of motherhood that go unnoticed. Still today. It was after Akirah was born that the thought of my mother as mother would haunt me, and my respect for her grew endlessly.
I am grateful for all my mother has endured to raise me and my two sisters. Through thick and thin. I am grateful for the conscience I have today which allows me to thank her and love her and care for her. That I can appreciate her and praise her.
An invite for reflection about all mothers.
With love.
~~ Ana ~~
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