Autenticidade, uma ameaça? X Autenticidade o único veículo para a mudança
Este tema é profundo, sensívele muito pertinente. Uso a reflexão e meditação de forma profunda e diária para chegar ao que vos escrevo. Os meus desenhos assim como escrita são uma extensão de quem sou e do meu trabalho. Procuro contribuir para a mudança de forma sólida e sem medos. Para o meu crescimento e dando o exemplo, quem sabe, para o crescimento de outros e assim, um mundo melhor!
Afinal Arte é a suprema forma de Activismo. É ARTIVISMO!
Só peço que leiam e tirem tempo para reflectir, por vocês e pelos vossos. 🙏🏼🙌
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Vivemos num mundo onde a autenticidade é, ironicamente, uma qualidade que assusta. Quando alguém genuinamente autêntico, alguém que se conhece e aceita na sua totalidade, entra na nossa vida, algo em nós hesita. É como se a sua liberdade e verdade fossem um espelho que nos obriga a confrontar as prisões invisíveis que nos impusemos. A sociedade moldou-nos para encaixarmos em padrões, para nos protegermos em camadas de convenções e rótulos que nos mantêm seguros e previsíveis.
E, no entanto, o que nos impede de ver essas pessoas como elas são? Talvez seja o medo do diferente, o medo de ver alguém que não se preocupa em ajustar-se a expectativas alheias, alguém que vive sem pedir desculpa por ser quem é. Esse medo é alimentado pela dificuldade de lidar com o que é verdadeiro e livre, porque, ao fazermos isso, somos forçados a questionar as máscaras que usamos e a perceber o peso das correntes invisíveis que carregamos.
A presença de alguém autenticamente livre é um convite, mas também um desafio – uma oportunidade de olharmos para nós mesmos e perguntar:
"Quem sou eu, verdadeiramente?"
Mas será que estamos prontos para ouvir a resposta? Para fazer o trabalho necessário?
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Hoje, muitas pessoas vivem numa desconexão profunda entre quem são e quem mostram ao mundo. Existe uma pressão constante para ajustar a própria imagem, para caber numa narrativa social que define o que é aceitável, desejável e seguro. A verdade, para muitos, tornou-se uma espécie de luxo perigoso, algo que poucos se permitem. Em vez disso, a maioria aprende a construir uma versão de si mesma que é tolerada, mas que pouco ou nada tem a ver com a sua essência.
A vida na verdade implica vulnerabilidade, implica assumir os próprios erros, imperfeições e desejos sem se importar com a opinião alheia. No entanto, a sociedade em que vivemos ensina que ser "demasiado verdadeiro" é uma ameaça. A autenticidade lembra-nos de uma liberdade crua que poucos ousam explorar, porque ser verdadeiro significa enfrentar a possibilidade de rejeição, de incompreensão e até de isolamento. Então, torna-se mais fácil viver na superfície, onde os relacionamentos e as conversas são seguros, mas vazios.
As pessoas aprenderam a medir as palavras, a esconder emoções e a seguir padrões porque, para muitos, a verdade é sinónimo de risco. O resultado é uma sociedade onde muitos vivem em busca de validação externa, enquanto sufocam a sua própria voz interior. E, ao fazê-lo, acabam por perder a capacidade de ver e aceitar os outros tal como são.
Se alguém escolhe viver na verdade, acaba por desafiar o que é "normal", o que é "esperado". Essas pessoas, genuinamente livres e autênticas, acabam por ser incompreendidas, vistas como “estranhas” ou até “ameaçadoras”. Elas lembram-nos do que poderíamos ser se tivéssemos coragem de abraçar a nossa essência. E talvez seja por isso que, quando nos deparamos com alguém assim, preferimos desviar o olhar e voltar ao conforto do previsível.
( dedicado aos seres realmente autênticos e que tenho a felicidade de me poder cruzar nesta Vida, Bastet, Maki, Asha, Hinna e Nawi, Ana e Akirah. Verdadeiramente autênticos. GRATO.)
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